Das pérolas partilhadas, sobre, à CASA CHAMADA FAMILIA, o piso e
fundação “AMOR”, as quatro paredes “Autenticidade, Estabilidade, Assistência e
Harmonia” e do teto “Aceitação”, aos papeis “Mulher, representação do CARINHO”,
“Homem, representação da AUTORIDADE, através da sua moral, elevada”, e da
“Criança, vencer o egoísmo”, para que a “Casa Família” possa ser vivenciada
enquanto Lar. Apreciar cada perola ali, partilhada, nos movera a diversas
revisitações, insights, sensações, sentimentos, intuições e pensamentos numa saborosa
inquietação produtiva.
No misto entre dor e prazer, ao encontro do equilíbrio, nesta
ambivalência, do ser, estar, e querer ser “Família” o processo de reflexão e
observância por entre flagelos e riquezas desta Casa, que se almeja ser Lar.
Por entre viagens ao passado e presente, o que nos parece distante e
tão próximo da atualidade, o que se semeou e as colheitas, o que aceitamos, aquilo
que negamos, esquecemos ou pensamos esquecer, encontramos nossa criança
interior, os adultos que a inspiraram, e os que continuam a serem inspiradores.
As outras crianças, os adolescentes, jovens, adultos e idosos do convívio, as
lições apreendidas e as lições incompreendidas.
Carinho, Autoridade Moral e Generosidade, tecidos estampados, nas
paredes da Autenticidade, Estabilidade, Assistência e Harmonia, no solo do Amor
e da Aceitação, eis aqui a sensação de contínuo encontro e reencontro.
Palavras faladas, palavras escutadas, palavras vazias, palavras
mascaradas, palavras absorvidas, palavras profundas, palavras sentidas...
Atitudes observadas, atitudes copiadas, atitudes almejadas, atitudes
distorcidas, atitudes negadas, atitudes sentidas, atitudes tocadas...
Comportamentos observados, comportamentos impostos, comportamentos
cobrados, comportamentos absorvidos, comportamentos conectados, comportamentos
de sentido...
Ilusões, distorções, realidades, meras percepções?
O que se sente? O que se quer sentir?O que se nega? O que se aceita?
Quem define? Por que define?
O que abominamos?
O que copiamos?O que vivenciamos?
O que se faz autêntico no outro?
O que se faz autêntico em nós mesmos?
Idolatria? Faz de conta? Negação? Tentativas? Frustrações? Realizações?
Concretude?
Nesta arte do Viver, eis a intensa arte do aprender a Conviver...
Inesquecível aquele encontro de 1988 / 1989, num mergulho e reflexão
sobre a “A Difícil Arte de Aprender a Conviver”, e dentre tantas dinâmicas, a
da “Cobra Cega e o Exercício da Confiança”, tudo mudará, num profundo
descortinar de véus. Tudo muda quando se inicia um processo de passar a ver
nossos pais, irmãos, filhos, família, parentes, amigos e conhecidos, fora
destes papeis, ora tão somente enquanto aprendizes, enquanto seres em processo
de evolução e transformação, assim como a nós mesmos.
Mudanças de Mapas, alterações no Terreno. Reconhecer “Nosso Território”
enquanto algo hiperdinâmico e não mais fixo e imutável. Descobrir a dor e a
delicia da continua metamorfose.
Libertar-se da máscara da perfeição, e descobrir que a perfeição
trata-se tão somente das “imperfeições” e “diversidades” que compõe a beleza da
colcha de retalhos.
Mover-se da tendência do “CERTO” e “ERRADO”, “POSITIVO” e “NEGATIVO”,
ao encontro dos simples “ESTADOS EMOCIONAIS”, das fases de “ABERTURA” e
“DEFESA”, “CONFIANÇA” e “INSEGURANÇAS”.
Nosso convite não é para assumirmos uma postura crítica e cruel, aos
que precisam, necessitam e divulgam no “faz de conta” que “A GRANDE FAMÍLIA É
PERFEITA” e se traduz num lar cujo solo é o “AMOR GENUÍNO”, as quatro paredes
“Autenticidade, Estabilidade, Assistência e Harmonia”, não possuem rachaduras,
remendos, pinturas, descascados, buracos e etc., que seu teto “Aceitação”, não
tem vidro e é respeito genuíno no conviver com a diversidade, que a Mulher e
Mãe, no cumprimento do papel “CARINHO”, é pureza e sabe dar de si, sem cobrar,
exigir ou pedir algo em troca, que o Homem e Pai, exercem sua “AUTORIDADE”,
simplesmente por inspirar e respirar uma moral elevada, e que Criança - Filhos
são genuinamente generosos e dão de si, com pureza de intencionalidade, que ser
e estar FAMÍLIA, são algo simples e natural, e genuinamente assim vivenciado. E sim para exercitar a compaixão e reconhecer
que a “CASA FAMÍLIA” é uma oportunidade de exercitar também o “espirito Samaritano”
e a parábola da “Semente em Solo Fértil”.
E transmutar a tendência de condenar e ao mesmo tempo alimentar o “viver
de aparências” - sem problemas, livre de vícios e mazelas e ora tão somente a
expressão mais sublime e pura das melhores virtudes. Uma vez que até mesmo
dizer, apontar ou querer significar que há quem faça isso, já é por si só
sentença.
Nosso convite é para com a transcendência dos julgamentos, ao encontro do “si mesmo”, na vigilância e contínuo exercício de perdão e auto perdão, para além do sentido do “certo e errado” – “moral e imoral”, ao encontro da aceitação de que todos nós estamos em processo. E que neste exercício, nossa maior prática possa ser a compaixão do servir e dar de si, sem espera ou exigência trocas, reconhecimentos e ou méritos.
Que possamos reconhecer nossas conexões e frequências, e assim abrir-se a sabedoria do importante e urgente, emergente e essencial, para reconhecer que cada papel que escolhemos, assumimos e aceitamos, exige e exigira de nós mudanças, comportamentos e atitudes, que requerem vigilância e realização.
A Família, a Vida e Sociedade não se sustentam em discursos vazios. E um dos exercícios mais profundos nesta oportunidade de ser e estar “Família, Vida e Sociedade” é aprender com generosidade dar de si, renunciar, partilhar, perdoar, voltar atrás, seguir adiante, agradecer e entregar-se, numa contínua e infinita retribuição e reconhecimento com amor e compaixão, a tudo o que generosamente já recebemos da vida e de todos, desde a nossa fecundação.
Reconhecer as repetições, as situações em que muda o cenário e os
personagens, ora, contudo, a peça é a mesma, para assim romper os ciclos
viciosos e transmutar, aprender com os sinais. Promover mudanças de atitudes e
comportamentos, na conquista de novos e melhores resultados.
Gratidão, com amor
Abraço fraterno,
Elaine Souza – SP. 08/12/2015 – 15h12minhs
Nenhum comentário:
Postar um comentário