sexta-feira, 24 de outubro de 2014

ELEIÇÕES DO PODER

Recebi por e-mail de um amigo querido, mais um daqueles vídeos sobre as eleições, ora, contudo, o mesmo soou a mim enquanto algo para além do “só mais um”...
A cada eleição se não me sinto cansada e desgastada logo de inicio, a coisa acontece no meio, e o que dirá no fim. Já vi candidato que tinha tudo pra ganhar, perder, simplesmente por ter adotado na minha pura visão de leiga um papel e personagem que não se ajustava ao até então outrora construído... Já me senti irritada, com partidos e candidatos em que eu queria apostar, e que de repente lá estavam na mesma toada e batida...

Ao amigo, Gratidão! Tirando os aspectos "rótulos e o ridicularizar o próximo", algo que a mim, beira a crueldade. Acredito e defendo os limites da “sátira” “ironia” “maledicência” “malquerença”. Afinal por trás de cada papel há uma pessoa. E pelo simples fato dela ser, merece no mínimo uma consideração respeitosa. Por trás de cada trabalho, a confusão do que é de fato teu oficio.

Sinto oportuno para reflexão sobre os aspectos do poder, os jogos do poder, e o que esta em jogo; quando o time se torna fixo e perdura por muito tempo.
De algum modo enquanto percepção eu pondero os aspectos do opressor que é o oprimido; e do oprimido que é o opressor.

Sinceramente quero discorrer de algo que transcende a dor da tentativa visão romântica de que “A” ou “B”, são ou serão “Salvadores da Pátria”. Da velha máxima "quer conhecer uma pessoa dê poder a ela" a revelação "quer conhecer uma pessoa ameace o poder dela".

Dos pontos sutis e tão alarmantes da gana individual e coletiva que por vaidade, orgulho e desamor, se máscara com o doce e amargo fel, a condenar quem está no poder, quando o mesmo é seu objeto de desejo, e assim o renega.

“Quem desdenha quer comprar”? – Falo de algo que vai além do mero desdenhar.

O que você é capaz de fazer para ter mais poder ou manter o poder que acredita ter?

É comum, constatar que muitos “radicais” quando recebe / ocupa o poder (o que se acredita ser o poder e o lugar do poder), repete mesmo que equivocadamente num “ciclo vicioso” e ou por vezes tão ou mais cruel, a se lambuzar feito criança rebelde nos potes de melado. No vicio, o pecado por não se dar conta que melado de mais, gruda, cola, suja, impregna.

No embebedar-se com o cálice do poder ilusório, se perde com a bússola, num norte “o rumo”. Do rumo à essência do que é amor universal. E daquilo que é partilhar o poder com o empoderamento da nação.

O que resta é pensar "Quanto vale ou é por quilo? – (o mesmo filme)"...

Salta-me aos olhos, e chega a gerar mais do que inquietação produtiva, certa indignação; os duelos, e até a própria nomenclatura “meu adversário”. Afinal, se todos que se candidatam e se propõe em tese a contribuir com a nação, no mínimo até por principio ético e coerência com o que deveria estar em voga, certos termos, “armas”, “guerrilhas” não poderia se quer ser cogitada de entrar em cena. Isso é no mínimo contraproducente.

"Adoro" aquela pausa, o silêncio na TV, enquanto "punição", por ter exercido mal o poder de comunicação e interação. Ao invés de compartilhar propostas, fazer outra coisa... 

E a nação deve sim, abominar todo e qualquer partido, todo e qualquer candidato, que adote a "tal" linha da “máquina e do sistema”, antes mesmo de ganhar a vez.

“Meus erros, discursos, e acertos?”. Como começar de novo? O que sobra é a questão? Ou a questão pode ser – Do que temos: o que queremos e como queremos? O que faremos do que temos?

De algum modo, a seu modo cuidar do poder, é também vigiar e tirar do poder quem o usa de modo irresponsável. Tirar e ou colocar no poder quem o empodera, pode ser um caminho. Enxergar o “todo” de fato como um “TODO” com equidade, é no mínimo produtivo.

Há aspectos no vídeo que é preciso atentar, afinal mais do que viciante, o poder quando vira propriedade de algo ou de alguém, pode ser mortal. E quanto maior o tempo, maior deve ser o estado de alerta individual e coletivo.

Ora tão somente, idealizo e almejo ainda encontrar pessoas e partidos que ganhe as eleições, não por ter construído um papel e um discurso que parece ser o que a onda convida a surfar. E sim por simplesmente ser o que é. E isso vale pra tudo, e todas as esferas da vida.

Quero gozar de relações parceiras ou competitivas? E para tanto o que hei de dosar?
Rogo, mais líderes e menos chefes, mais governança e menos ciclos viciosos.

Romântica ou não, creio eu, que todo aquele que se autoenaltece e ou precisa depreciar o outro para se vangloriar, e ou não reconhece o outro enquanto soma e parceria, numa contínua interação; condena o pecador e é o próprio pecado.

Do mero jogo de palavras “equipe” “parceria” “mudança” “sustentabilidade” “ética”. O "antenar-se". Afinal por mais belas que possam ser, quando muito utilizadas, para além de desgastadas, desagregam e tornam-se cartas / armas de um jogo no mínimo cruel.

Se de um lado há limites para confetes, falsos elogios, e exageros de enaltecimentos, deve haver também para pedras, críticas, e exageros de acusações.

Se os fins justificam os meios, e os meios justificam os fins. Se não há escrúpulo para ser ou se tornar a bola da vez. O que haverá então para manter-se com a bola da vez? E para ser a bola da vez? E quando se perde a bola? E quando se perde de vez?

Assim como na natureza em que as coisas fluem de modo cíclico. É no mínimo sábio promover a rotatividade das cadeiras de tempos em tempos. Em especial quando já se deu provas de inconsistências e incoerências, entre discurso e prática, distanciamento entre ideais, idealizações e deturpações de valores, do distanciar-se de si.

Contribuir para que à pessoa, e o grupo, não se dissipe e imploda ao se perder de mais, de si. Zelar pelo bem individual e coletivo, e a prevenção da sua dignidade humana, o resgate da sua integridade, é saudável e salutar ao TODO.

A natureza se processa em ciclos, e sabiamente muda as estações. Cada estação tem o seu tempo. Nossa interação humana e desumana com a natureza tem demonstrado o que é vital e o que é nocivo. E nós também somos e fazemos parte da natureza.

No desequilíbrio, o reencontro com o equilíbrio.

Se hoje vivemos “Quatro Estações em Uma”, e de modo desordenado concentramos excessos em pontos distintos, e nos mesmos pontos ausências. É preciso parar pra pensar, e pensar pra parar. 

Não estou a falar de voto e partidos, o que também é importante. Ora, contudo, me refiro a algo que transcende a “quem esta” ou “estará no poder”, em todas as esferas da tua, da minha e da nossa vida. 

Que possa ser legitimo “o que esta no poder” – “com quem se delega o poder”. Que saibamos delegar, ao invés de meramente “delargar”.

Que cada ser em si, a seu tempo, possa reconhecer e exercer seu papel intuitivamente ao discernir, desde os teus pequenos atos, aos grandes atos, a compor um lindo e mágico mosaico. Que os retalhos, ao invés de meros remendos, e ilusões de ótica, possam produzir de corpo e alma, lindas colchas de retalho.
Gratidão!
Abraço fraterno,
Elaine
SP. 24/10/2014 - 19:40

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Mágica Sintropia: Quem é Deus e o Milagre da Vida

Mágica Sintropia: Quem é Deus e o Milagre da Vida

Quem é Deus e o Milagre da Vida


Olá,
Fui pesquisar no YouTube a música “Parabéns” da Xuxa, para parabenizar a Bela Gi... E não resisti ao me deparar com Xuxa – Milagre da Vida. Nossa em segundos viajei por minutos enquanto curtia as imagens e degustava cada palavra.
Quando eu era pequenina, certo dia a tia “Da. Sarita”, chegou muito brava e agitada para a escolinha dominical. E eu sem compreender muito bem porque tal reação e ansiedade (nem sabia o significado de agitação e ansiedade). Indaguei:
- Mas, tia, antes de tudo nós não deveríamos rezar? 
- Que rezar, menina. Não se fala isso. Isso é coisa dos macumbeiros. Nós oramos.
Na sala externamente virou chacota, e todos riram dos gestos e forma em que ela se balançou e falou comigo.
Internamente, não compreendi nada, e retruquei.
- Ué e não é a mesma coisa tia? Vamos orar então, antes de tudo.
Alguns domingos depois, não sabia o porquê, mas me mudaram de turma. Disseram que eu já estava grande e precisava ir com os mais velhos.
Então na sala a professora explicava quem era Jesus e quem era Deus, e aquilo estava confuso de mais pra mim. Eu pensava ué, mas Jesus e Deus não são a mesma coisa, ué como assim? Se, Deus criou o homem e mulher, feito sua imagem e semelhança. Então ele é menino e menina? Com tudo isso dentro de mim, feito sopa de letrinhas e muitos questionamentos. Levantei a mão (eu precisava de algumas explicações).  
- Tia, pode explicar mais esse negócio de Deus e Jesus, eu não entendi, direito. Preciso saber mais ...
- Menina, pra você onde esta Deus?
- Em tudo, tia...
- Quem é Deus?
- Ah, tia é tudo, tudo. As árvores, os bichos, os pássaros, as crianças, os adultos, a vida, a gente tia, a gente tia.
- Ah, então você vai receber uma missão muito importante. Você vai ficar lá fora, para pensar um pouco mais e ver quem é Deus.
- Vou, é? Onde fico, fia?
Então aquela tia, me levou para debaixo de uma árvore. E disse:
- Agora você vai ficar ai em baixo, olhando pra cima. E veja se consegue ver Deus.
Lá fiquei eu, na super missão. Olhando pra cima. Observei as folhas, os galhos o tronco. E logo um passarinho que me observava. Olhei pra ele, e olhei mais, e vi que ele também me olhava. Virava a cabeça de um lado para o outro e cantava. Foi lindo. E quanto mais eu olhava pra ele, mais eu via os raios do sol e o céu.
Algum tempo depois a tia, voltou.
- E então, você viu Deus?
- Vi, sim. O passarinho ficou me olhando. Lá estava Deus, e teve o sol e o céu na árvore também, tia.
Ela me olhou, e disse.
- Vamos voltar pra sala.
Ao chegar à sala, ela disse:
- Elaine, agora conte para os seus amiguinhos, o que foi que você viu e quem é Deus?
- Ah, Deus é tudo e esta em tudo, ele também é o homem e mulher, toda a vida, tudo do coração e do amor, ele esta nas árvores, nos pássaros, na vida, foi o passarinho que me contou.
Silêncio absoluto na sala de aula da escolinha dominical. Será que eu disse algo errado? O que eu disse de mais?
Logo os sorrisos de todos, e o sinal. O tempo da escolinha dominical havia se esgotado, e era a hora de retornar para o local do culto. Todas as crianças saíram correndo, em direção ao local do culto, e claro eu também.  Afinal eu tinha o compromisso de ajudar o Pastor durante o culto, e precisava estar a postos.
Algum tempo depois, houve o lançamento da música “Milagre da Vida”. E eu senti o meu coração disparar, escutei e curti a imagem de modo contemplativo. E pensei comigo, ah, a Xuxa também sabe, viu, viu... Então era isso mesmo, o que o passarinho me contou.  Logo na minha memória afetiva musical, essa musica me conecta diretamente com aquele domingo de manhã, a árvore e o passarinho.
Fraterno abraço,
Com amor,
Elaine – SP. 05/06/2014 – 13 horas

Coração Saudoso

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