sábado, 11 de fevereiro de 2012

RETALHOS DE UM MOSAICO

Quando confusa, toda me embaralho, ou seria me embaralho toda?
Se fico confusa, tudo é tão claro e tão escuro. A agonia me rebate e abate, e de tão clara chega a ser obscuramente confusa.
Descontente, massa crítica, resistente, é preciso se enquadrar em algo?
Seria eu tão somente uma pessoa preocupada em preservar os valores e conceitos coletivos que nos tornam mais colaborativos?
Seria eu tão somente uma pessoa teimosa e alucinada que não aceita mudanças e imposições?
Ah ressaca, sim pura ressaca emocional... São tantos mergulhos interiores, tantos anseios e insights que de tão profundos, elevam-me a grandes processos de reflexão e revisão interior.
Quando a clareza se deixa escapar, tudo grita dentro e fora de nós, e se grita deixa de ser serenamente claro.
Dificil aceitar, difícil digerir a incompreensão para decodificares aquilo que suavemente sonoramente grita e faz eco dentro de mim.
A debilidade para comunicar os gritos do silêncio estéreil que afasta tudo o que há de mais fecundo em nós.
Mutação, ah amada mutação, um grito de socorro para com o zelo e o preservar o que há de imutável em toda mudança.
Sinais são sinais, sinais são pausas. Nas pausas nos colocamos, quando não paramos, os sinais se encarregam de nos paralisar.
Deturpar valores é suicídio moral a colidir com o espiritual...
Cuidar é preciso, rever é essencial e todo zelar se dá no saber olhar na essência o fundamental, no fundamento o vital.
Desvios são desvios e não valores, desvios podem ser hábitos e não necessáriamente cultural.
Atentar para que a normalidade e acomodação não se tornem, padrões cotidianos a nos remete a banalidade.
Verdades são diferentes de realidade, e o normal do natural?
Nem sempre se consegue com clareza comunicar o que se deseja de fato significar. Agonia arrebata-nos e liberta-se com a maturidade de cada ser.
Autonomia do ser reflete autonomia no servir, a transmutar toda e qualquer energia entrópica.  
Empoderar-se com sintropia é vigiar os desvios da ação e do governar por e com politicagem.
Práticas que desvalorizam e desqualificam pessoas e grupos, enfraquecem o processo de desenvolvimento humano e social.
Desqualificar pessoas e ou grupos, é também desvalorizar a vida e toda nascente.
Reconhecer, sim reconhecer nos retalhos a beleza do mosaico; na indiferença a diferença inquietante que nos possibilita divergências de idéias e a unimultiplicidade dos ideais.
Fraterno abraço,
Por Elaine Souza – SP.11/02/2012 – 04h55min
 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Muros e Visão Interior

Quando nascemos, entre a proteção e os cuidados daqueles que nos criam, vamos nos desenvolvendo, crescendo e nos fortalecendo fisicamente. Nesses passos e processos vamos também recebendo influências e exemplos, que muito contribuem para o nosso desenvolvimento emocional, moral, espiritual e psicológico enquanto seres humanos.
Na fase da maturidade. Surgem muros que por vezes nos impedem de ver além de nós mesmos e aos outros na integridade do ser. Muros que nos impedem de perceber o sentir, pensar e agir, reflexos de preconceitos e valores internos conseqüências do medo  da dor, que faz emergir a necessidade de defesa e proteção quer seja de nós mesmos, de outrem ou da sociedade em que vivemos.
A coragem de “ser o que  realmente se é” implica uma visão interior de nós para com o outro, do outro para conosco e do todo em relação ao nosso eu.
A coragem para derrubar os muros construídos e levantados ao longo do tempo, nos ensina a ver além de nós mesmos, dos atos, preconceitos, pensamentos, comportamentos e sentimentos que por tantas vezes retardam o processo do “tornar-se pessoa”.
Olhar para dentro de si possibilita-nos enxergar o visível invisível. Viver eternamente por entre os caminhos da plenitude, permitindo-se a novas descobertas, quer sejam por entre dores e ou prazeres, o genuíno emergir de transformações interiores e exteriores, com as quais vamos aprendendo a amar e considerar a nós mesmos e ao outro incondicionalmente, na mágica descoberta de que a plenitude está no processo.
Fraterno abraço,
Elaine Souza
Por Elaine Souza - Texto escrito por nós no mês de maio do ano de 1999 para um Encontro de Voluntários – Cujo tema fora: “Pequenos Suicídios” - inspirado no livro: Tornar-se Pessoa - Carl Rogers; e O que é Suicídio – Roosevelt M. S. Cassorla

Coração Saudoso

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