segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

CHOQUE E HARMONIA – INTERFERÊNCIA FAMILIAR NO NOSSO JEITO DE SER E VIVER

Nosso jeito de ser, por vezes esbarra e se choca com o nosso jeito de viver e ou estar vivendo. O que afeta tanto o jeito de ser “essência” quanto o jeito de estar “defesa e ou abertura”, pelas mais diferentes razões que acabam por perpassar pelos aspectos da aceitação e auto-aceitação, confiança e autoconfiança, na tendência ao desenvolvimento.
Quando conseguimos estabelecer e vivenciar a sincronia entre o jeito de ser e viver, gozamos da mágica da congruência. Do contrário emperramos nas incongruências, a navegar por estados de incoerências. Podendo gerar, alimentar, e retroalimentar a dor e as disfunções cognitivas no nosso jeito de ser e viver.
Conhecer e reconhecer no mínimo: o quanto, quando e como a influencia familiar toca nosso jeito de ser e viver, nos possibilita estados de consciência com maior lucidez e discernimento. O que potencializa os processos de maior sintonia e harmonia do mundo interior com o exterior.
O estado de contemplação amoroso nos possibilita ampliar o campo perceptual das coisas, de nos mesmos e dos outros, podendo contribuir enormemente com nossa harmonização conosco e com o mundo.
Enquanto imagem e sensação: pensei na experiência fantástica de absoluto deslumbramento, beleza, maravilha, transparência, pureza, que experimentei ao contemplar a Garganta do Diabo, nas Cataratas do Iguaçu. Toda aquela água, sua força e intensidade fecundas nas num dia de Chuva e Garoa. Tudo ali reunido a fluir. Onde tamanha intensidade e força acabam por afetar os olhos e o jeito de olhar.
Outra oportunidade de observação que me encantou imensamente, foi à força e liberdade dos pássaros, tão pequeninos, leves, livres, naturais e tranqüilos a voar, sobrevoar e se aproximar cada vez mais e mais do fluxo das águas. Não importava a força das Cataratas ou da Garganta do Diabo, nem a Garoa, a Chuva ou o tempo.
A diversidade e os obstáculos aparentes não impediam os pássaros de se relacionar com a situação, naquele sublime degustar de oportunidades com leveza e determinação. Sim, ali livres, num movimento sutil, intenso, lindo, belo e tocante pra quem quisesse contemplar.
Certamente o tempo e a força das águas devem interferir no vôo dos pássaros. Mas e ai?
Vivos e criativos criam formas, movimentos, força, suavidade, melodia, pureza, leveza e beleza, para livremente voar e sobrevoar.
E lá estava eu no estado do deleite e plenitude, a pensar para comigo mesma:
- Como conseguem chegar tão perto e voar tão gostoso enquanto nós aqui mal conseguimos ficar com os olhos totalmente abertos a contemplar a paisagem? Isso é fascinante...
Talvez os cientistas, especialistas, pesquisadores, pensadores e estudiosos sobre o tema consigam explicar algo. Assim como consigam explicar porque de anos em anos, tempos em tempos, aquelas águas secam por um dado período de tempo.
Certamente há explicações: explícitas, implícitas, e cientificas, para certas coisas e fenômenos da natureza nessa busca incessante e tão humana por explicações e definições.
Quanto a mim, perpasso pela esfera das sensações e dos sentimentos, e talvez no estado de encantamento, me deixe atrair pela inteligência coletiva e ou pensamento de massa.
Posso brincar de imaginar e pensar coisas do tipo:
- “Alguém abre e fecha as torneiras das Cataratas”.
- “A natureza é sábia e seca a água para aquecer as rochas, florestas, territórios, terra e ar, transmutar o limo, e preparar o espaço para a renovação das águas fecundas“.
- “Alguém gera em nós espécie humana uma ilusão de ótica e nos pássaros outra, e assim nossa forma de interação com as águas tornam-se diferentes”.
Porém sem buscar ou aderir ao movimento para o encontro de explicações, permito-me apenas degustar um pouco mais meu campo perceptual através do lado romântico, ao dizer e sentir que: são atos e reflexos da magia da natureza, a realizar mágicas cíclicas que se renovam e se transformam o tempo todo, num tempo e espaço de tempo, diferente do cronológico.
Por vezes emerge aqui dentro, uma imagem de “Parque de Diversões” para com o mundo e a vida, na qual somos e estamos em estado de experiência e permanente descoberta, ora por vezes de forma mais intensa, e por outras, mais suave.
No Parque de Diversões, nos deslumbramos, ficamos curiosos, encantados, maravilhados, empolgados com o leque de oportunidades.
Despertamo-nos com as mais diversas vontades de apreciação e experiência.
Conforme nos aproximamos, observamos e ou experimentamos os brinquedos, vamos descobrindo os mais divertidos, mais seguros, mais sem graça, mais perigosos, mais interessantes, mais difíceis, pra nós. E através da interação com outras pessoas, emerge a descoberta da diversidade e afinidade de gostos, interesses e preferências.

Com ternura um sereno abraço,
Por Elaine Souza – 02/12/2011 – 13h02min

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