terça-feira, 6 de dezembro de 2011

SANIDADE E INSANIDADE DO PODER – As Interferências e Influências no Jeito de Ser e Viver


Sob nossa ótica e percepção nas considerações gerais, clarificamos o que é e como se dá o poder e o poder ilusório.
O poder é algo que por ser legitimo, legitimado está. Dissipa amarras e dissimulações, sem exigir obediência, disciplina por ser disciplinado sem imposição. Não gera medo, insegurança ou receio, pelo contrario fortalece, encoraja e liberta a todos que o exercem genuinamente amplificando as sensações de empoderamento e liberdade existencial a todos que o exercem e a tudo e todos que o cercam.  
As pessoas que tocam ou são tocados por quem vivencia e compartilha do poder legitimado, descobrem-se e encontram-se mais criativas, serenas, edificantes, gozando de força, coragem, leveza, beleza, pureza e simplicidade.
O poder nada impõe nem precisa impor-se, que o não seja, pois ele já é e esta a fluir e naturalmente feito água, nada emperra ou o faz genuinamente emperrar, por saber se aproximar, perseverar e de modo criativo enfrentar, devastar e ou contornar os obstáculos.
Reconhece-se o poder através da doação e generosidade, pois em tudo ele esta contido, porém nem tudo e todos conseguem descodificar a simplicidade complexa de sua essência.
Aparenta ser contraditório por nada impor e em tudo adentrar. Queremos aqui significar a diferença entre imposição que não gera vida, e o que é fecundo com a vida. O poder se impõe com a intencionalidade de melhor servir.
O poder puro nada impõe sem que esteja em sincronia com o movimento fecundo da mutação do universo, quando esse anuncia a necessária dualidade para transformar e amplificar a renovação da vida.
Dada as suas mais diversas facetas, o poder puro sabe o momento de chegar e de partir. Quando limpar, purificar, adentrar, moldar, acalmar, chacoalhar, devastar, construir, reconstruir, inovar, renovar, e por ciclos e estações criativamente se adaptar e adaptar.
O poder que acreditamos e sentimos enquanto poder puro se conecta a pureza e lucidez, que nada tem haver com ingenuidade ou devaneios, sendo por si mesmo criativo.
Do mesmo modo que há quem confunda tudo o que é liquido com água, há quem o confunda com outras virtudes e vícios o poder e a força do poder.  
Sem desconsiderar que o liquido e o sólido em algum grau possuem água, nem por isso significa que tudo o que é liquido e ou sólido, nutre, alimenta, cria e reproduz vida. No paralelo o observar que assim como nem tudo o que é liquido é água ou reflete a pureza da água pura,  nem tudo que se pensa ou se acredita ser poder o é.
Fazendo a analogia da pureza e flexibilidade, beleza e leveza, força serena e avassaladora, intensidade e sutileza, clareza e criatividade, hidratação e nutrição, gestação e transformação, inundação e frescor, purificação e fertilização da água com o poder, queremos elucidar a necessária cautela, para melhor discernir e constatar o poder e do poder ilusório.
O movimento para reconhecer o poder, perpassa pela lucidez de que aquilo que se impõe, castiga, camufla, domina, manipula, dissimula, por mero capricho, deleite, auto-afirmação, egoísmo destrutivo e inseguranças, na busca pelo gozo de suas próprias mazelas, sem a intencionalidade e a energia fecunda que vitaliza, emana, alimenta e gera vida, pode até se camuflar e passar por poder, porém com olhos de pureza é possível enxergar outra faceta, ao invés do poder.
Situações das quais lhe ressoa o dissipar de força e vitalidade existencial, podem, por exemplo, estar a repercutir através da ressaca emocional do poder ilusório.
O poder ilusório, pode se traduzir naquela típica situação em quê você acredita que está no controle, é a bola da vez (sucesso, prosperidade aparente e preferência absoluta), podendo até ilusoriamente estar tão seguro de si, que acha que está abafando, porém logo se flagra dominando, se descobre abafado e passa a sentir-se usado e vilipendiado. 
Você já vivenciou ou sentiu algo parecido? Teria você exercido mal o poder?
Aqui abrimos uma pausa para elucidar o que acreditamos por concepção, a saber: nós usamos e somos usados o tempo todo no sentido de servir e ser útil uns aos outros e a nós mesmos. O que difere de estabelecer relações de uso e servidão.
É possível querer transferir a responsabilidade e ou co-responsabilidade, é possível querer culpar a vida ou alguém pelo ocorrido.
O objetivo aqui não é radicalizar, tomar partido, nem tão pouco responsabilizar 100% A ou B pelos desajustes das relações, do poder e do poder ilusório, e sim contribuir com o aguçar sinas, uma vez que entre "se achar o tal" e "se reconhecer como tal" há um abismo; entre “ser útil, servir e ser servido” e “ser útil, por coação e sedução” há uma masmorra.
E por falar em ilusões de poder, você já se deparou em situações de plena dependência ou obsessão nas suas relações?
Você já se assustou com pessoas obsessivas ou dependentes aparentemente da sua pessoa?
No sentimento natural de invasão, domínio, traição ou desconforto, é possível confundir-se ainda mais na incessante busca por culpados e traidores, principalmente quando se vivencia uma relação de uso. 
Passada a fase da tempestade, caso você genuinamente sinta que sua atuação e interação perpassaram de algum modo por sua integridade e dignidade humana e respeitosamente interagiu com zelo diante a integridade e dignidade humana daqueles que lhe cercavam logo se dá o insight, a sensação de relação de uso, passa a ser transmutada.
Os sinais oferecidos e não captados, as intuições escancaradas e negadas, passam a ser compreendidas. Passa-se da tendência do olhar tão somente para os outros enquanto traidores - vilões, e adentra-se no estado amoroso do si mesmo.
A abertura a mudança e renovação do ciclo desnuda a mágica do permitir-se a sentir-se um perfeito "idiota cego por tamanha clareza da vida", sem mágoas, ressentimentos ou reforço a culpas, o que nos libertar e libertar os outros, revelando-nos aptos a novos vôos.
Mediante a sintonia conosco e com a vida, a mágica passagem para libertar-se com a aprendizagem do ser apegado desapegado, na magnitude do clarão apreende o aprendizado.
Generosamente a vida nos conhece e reconhece, e com isso nossos atos, comportamentos, pensamentos, sentimentos e sensações sempre que balizados na integridade da nossa essência, ressoa sua energia vital e contribui com o nosso "empoderar-se de si".
E nós como nos vemos, enxergamos, sentimos, estamos e somos nesse contexto?

Com amor,
Por Elaine Souza – SP. 02/12 - 06/12/2011 – 16h24min

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