terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Relações com Amor libertam – Interferências e Influências no Jeito de Ser e Viver

No campo das experiências e percepções do âmago considero que quanto mais livres mais responsáveis somos. Intuo que de algum modo a total e absoluta independência é fictícia, havendo algo mais real no escopo da interdependência, por compreender liberdade enquanto responsabilidade.
Clareza de liberdade inclui a consciência responsável por nossas escolhas, nossos atos e comportamentos, no considerar seus aspectos diretos e indiretos.
Reconhecer os potenciais caminhos, nossas escolhas e possibilidades de: voltar atrás, seguir adiante, mudar, conservar para manter. O quanto exercemos direta e ou indiretamente influências e interferências saudáveis e ou nocivas a outras vidas e em nossa vida, é exercitar a liberdade de ser o que se é e poderá vir a ser.
A maturidade nos possibilita e ensina a discernir sobre a diferença do medo infundado, do medo instintivo, a necessidade de aprovação e a auto-aprovação, o receio de reprovação e a auto-reprovação, as construções de conceitos, preconceitos, auto-imagem, e as escolhas do que “se é, esta, foi, e se quer ser”.
Quanto mais nos aproximamos da nossa natureza, mais desfrutamos da essência e do essencial, nesse movimento cíclico de transmutação e mutação no sentido do considerar, vivenciar e ser o que de mais sutil e sublime, há em nós.
Nesse mergulho interior, acabei por associar enquanto elucidação que da infância até o inicio da juventude eu amava colecionar papel de carta, versos, poesias, frases, cartões e melodias, o que ao longo do tempo foi se transformando, porém em essência continuo apaixonada por essas formas de comunicação e expressão.
Num desses papeis de carta das coleções da infância uma frase / verso que nunca esqueci, porém não guardei a autoria, dizia algo assim:
“Deixe livre tudo que amares, se voarem e voltarem é porque os conquistou se não voltarem é porque jamais os teve”. Considerava e continuo considerando esse pensar enquanto algo que traduz o sublime amor.
Sinto sincronia e sentido no movimento de liberdade e libertação de si e dos outros. Na pureza do paradoxo, as relações com amor libertam e exercitam a mútua libertação, na qual nada precisa libertar por saber que somos em essência livre.
Tudo o que o amor faz é sutilmente intenso, complexamente simples, genuíno, no sublime movimento que nos faz reluzir de dentro pra fora e de fora pra dento, naquilo que é vocação, vontade e oportunidade.
Explicitamente o que Carl Rogers considerou ao significar o “ser o que realmente se é”, é o que sinto e considero ao pontuar que as relações com Amor libertam, uma vez quê na presença do amor as possibilidades nocivas das interferências e influências no jeito de ser e viver do outro, se dissipam e transformam-se nos movimentos cíclicos que somam, agregam e com equidade contribuem respeitosamente de modo amoroso e empático.
Um jeito de viver, ser e ver de modo cíclico, sabendo reconhecer que ser livre é descobrir, desvelar e aceitar a si mesmo, possibilitando o “ser quem realmente se é”. E facilitar o mesmo para com os outros, sem nada impor ou exigir-lhes que venha ferir o âmago, tolher a criatividade, identidade e individualidade.
Genuinamente libertar-se e libertar os outros do sentido de propriedade. Não ser ou exigir de outrem a condição de “propriedade” de alguém ou de alguma coisa.
Reconhecer que além de nós mesmos, as pessoas e espécies possuem livre arbítrio, por tanto não são nossas propriedades e ou mera extensão do nosso ser, e o que dirá objeto e marionete a nos servir indiscriminadamente.

Amoroso abraço,
Por Elaine Souza – SP. 02/12 - 05/12/2011 – 16h15min


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