domingo, 4 de dezembro de 2011

Imagens e Metáforas - Influência Familiar no Nosso Jeito de Ser e Viver

Refletindo sobre os aspectos da influencia familiar no nosso jeito de ser e viver, senti algo forte e ao mesmo tempo sutil; intenso e ao mesmo tempo sublime. O que me remeteu a liberdade de escolha e clareza de intenções.
Comecei a associar imagens ao processo reflexivo.
Liberdade: inicialmente me remete as aves e pássaros, na exploração dos mais diversos espaços. Terra, ar, água, fogo, frio, calor, seco, molhado, etc.
Escolha: inicialmente me remete a abertura, ligação, conexão e separação em movimento, imagens tais como: ponte, estrada, caminho, trilha, funil, peneira, escorredor, elo, conexão, pinça, sinalização. Assim escolha ressoa de algum modo ao processo e ferramenta, apoio e direcionamento, o que me remete também a imagem do farol.
Clareza: remete-me a água no aspecto da sua limpidez, força, poder, intensidade, densidade, suavidade, agressividade, pureza e criatividade. Logo visualizo cachoeiras, rios, lagos, oceanos, chuva, fontes.
Intenções: remete-me a fluxo, ciclo, sutileza, intensidade e clareza. Logo retorno ao ciclo da água, a flexibilidade e criatividade das águas.
O que essas imagens tem haver com o tema em questão?
Depende do ponto de vista e estado de contemplação.
No nosso caso, por exemplo, veja o que fluiu:
- Quando dei por mim estava a visualizar as Cataratas do Iguaçu, e os Pássaros sobrevoando a Garganta do Diabo. Associei aos opostos, aos pontos e contrapontos, aos estados de ambivalência. A luz acesa repentinamente quando se esta há muito tempo num quarto escuro.
A dualidade escancarada aos olhos da alma, de tão clara, não se enxerga, daí a imagem das Cataratas no contraponto dos relacionamentos, das relações e interação das pessoas com pessoas, com outras espécies, com o mundo, a natureza e seu universo.
Água é uma imagem que gosto e costumo utilizar quando o objetivo é explicitar pureza, transparência, algo límpido, cristalino, claro, que não se “tem” dúvidas.
Diante a uma imensa quantidade de água pura, límpida, de fontes naturais e cristalinas, em queda livre, forte, intensa, fluídica, agente consegue enxergar bem e com tranqüilidade, sem fechar nem que minimamente os olhos? Será mesmo?
Remeto-nos as Cataratas do Iguaçu, ao nos aproximarmos da Garganta do Diabo, com garoa e tempo sereno, fechar um pouco os olhos, proteger os olhos com as mãos, com os óculos ou capa de chuva, é tão automático quanto talvez inevitável.
Qual a razão desse movimento, se nos esforçamos para chegar até ali justamente no intuito de contemplar a paisagem? Sê estamos em estado de deslumbramento e encantamento, por que protegemos os olhos? É para enxergar melhor?
Olhando as Cataratas pelo lado brasileiro a imagem é uma. Olhando do lado argentino a imagem é outra. E o mais estranho, porque do lado brasileiro enxerga-se o argentino e vice versa? E as cataratas, mudaram? Olhando por cima a imagem é uma, olhando por baixo a imagem é outra, e a essência?
Sem explicações ou justificativas: políticas, científicas, patriotas, ou geográficas. Apenas observando no sentido da analogia, talvez seja possível considerar o enxergar-se e o enxergar o outro, o trocar de lugar, a empatia, o que se vê mais fácil, o que se vê com movimento, o que se enxerga com dedicação e interesse, e o necessário mover-se.
Aproximar-se e distanciar-se num movimento ritmado, para ampliar a percepção, o conhecimento, a experiência, a exploração do terreno e do cenário, é também desvelar-se e revelar-se, descobrindo potencialidades e capacidades em si, nos outros e na vida.
Ao considerar a liberdade de escolha e a clareza de intenções, enquanto pêndulos na balança da influencia familiar, nos faz sentido abordar e refletir sobre outros aspectos, tais como:
1) A influencia pode ser saudável e ou nociva?
2) A influencia pode ser clara e ou oculta?
3) A influencia pode ser edificante e ou paralisante?
4) A influencia familiar interfere e influencia ou não, nossas escolhas, passos, caminhos, sensações, sentimentos, pensamentos e intuições?
5) A influencia familiar, afeta, liberta, aprisiona, “determina” ou não, os estados, fases e estágios da nossa vida?

Sinto e intuo que há de tudo um pouco; do nada tudo; e do tudo e nada, mais um pouco.
Uma mistura sem mistura
Uma clareza obscura
Algo sutil e denso
Algo implícito e explicito
Coisas que se misturam
Coisas que não se misturam
Coisas que se misturam e se separam
Coisas que se separam e se misturam
Interação, pura interação
Negociação ou Imposição?
Confuso? Estranho? Claro?

Com ternura um sereno abraço,
Por Elaine Souza – 02/12/2011 – 12h15min

Nenhum comentário:

Coração Saudoso

Benji - 03 meses Benji 02 meses Benji 01 mês Benji 07 anos com a Pytuka Benji 10 anos com a Pytuka Benji 10 anos com a Pytuka Benji 02 meses...