sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

POSSIBILIDADES – CONEXÕES LIVRES DE IMPOSIÇÕES

Assumir uma postura livre de artifícios, subterfúgios ou artimanhas, liberta-nos das próprias amarras e das amarras alheias; e liberta os outros de nós, também. E é tão vital quanto mágico o sopro da vida. 

Algumas possibilidades para nos tornarmos mais atentos a nós e aos outros, no sentido de conexões e percepções; ao invés de cobranças, chantagens e imposições:
  1. Observar e respeitar o espaço que damos ao outro e que o outro nos dá;
  2. Ao nos sentirmos invadidos, desqualificados, subestimados, superestimados, desrespeitados e etc., averiguar inicialmente que tipo de espaço ao outro concedemos;
  3. Diante ao sentimento de invasão e ou uso, refletir e ponderar sobre a existência de brechas para o contexto e ou se estamos lidando com pessoas invasivas e espaçosas por natureza. E após o devido discernimento, constatação e reconhecimento rever nossa própria postura;
  4. Estabelecer sintonia entre o que sentimos, pensamos e queremos, para melhor efetivar com congruência nossas escolhas e decisões; 
  5. Reconhecer como e o quanto interferimos na vida dos outros e vice e versa;
  6. Alimentar a vitalidade das relações inspiradas e aspirantes na equidade e hombridade;
  7. Considerar e rever o quanto alimentamos ciclos viciosos, ao dar espaço para interações de modo nocivo, que minam com o âmago;
  8. Romper com ciclos viciosos, buscando interagir de modo saudável;
  9. Rever ações, pensamentos, sentimentos e sensações, buscando discernir a diferença tênue e alarmante entre sensibilidade e sentimentalismo;
  10. Permitir-se a ser sensível, e refrear-se no “vigiai e orai” evitando atuar de modo sentimentalista e meramente reativo;
  11. Respaldar-se nas vibrações que fluem e são emanadas, em sincronia conosco, adotando enquanto farol o que se sente;
  12. Atentar-se a sincronia e discrepância do sentir, pensar, agir e intuir, buscando através da sinalização das sensações maior congruência pessoal e coerência respeitosa para com os outros;
  13. Priorizar o desenvolvimento humano, que fortalece a sintonia de si na arte do relacionamento intrapessoal e interpessoal;
  14. Adotar a postura de mediação, elegendo prioritariamente a postura de conciliação: consigo; com o outro; e mútua. Uma fonte geradora de sensações de prazer, sentimentos de pureza, pensamentos de leveza, que nutre ações saudáveis, por isso produzem e reproduzem sensações de bem estar.
  15. Respeitar sua individualidade e a individualidade do outro, no sentido de considerar e preservar a própria identidade; a identidade do outro; e a identidade que se forma na existência e sentido da relação estabelecida;
  16. Atentar se ao prazer de estar só e do estar junto. Que o estar junto transcenda as convenções, conceitos, pressupostos e preconceito exteriores, interiores e sociais;
  17. Compreender e dar espaço ao silêncio fecundo dos relacionamentos de todos os tipos e gêneros;
  18. Considerar e transmutar o silêncio estéril dos relacionamentos; buscando discernir e identificar a existência ou não do vácuo que sinaliza a mudança e ou perda de sentido a manutenção da relação;
  19. Adotar a postura de relações “ganha-ganha ou nada feito”. O que significa ser bom para ambos os lados e todos os lados o ser útil e servir. Lembrando que usamos e somos usados no sentido do sermos úteis na disponibilidade de servir;
  20. Ceifar todo e qualquer tipo de relacionamento em que se tenha por premissa a relação de uso. Usar ou ser usado além de nocivo e pautado de futilidades é bem diferente de servir e ser útil.
  21. Dos artifícios, sempre atentar-se ao que te move, e ao que nos move. O aspecto da sedução e sensualidade é um cenário típico para elucidar o que queremos significar com o isentar-se de artifícios e artimanhas;
  22. No jogo da sedução e da sensualidade, atentar-se para os estímulos externos e as motivações internas que te movem e ou faz querer atrair o outro.  Alguns exemplos: a) querer ir pra cama com alguém; é diferente de querer levar alguém pra cama; b) querer um marido ou esposa; é diferente de querer amar e ser amado com reciprocidade numa vida conjugal; c) querer ter a amizade de alguém; é diferente de vivenciar a amizade com alguém; d) transferir ao outro o poder da sua felicidade e auto-realização é diferente de partilhar de si e do outro com reciprocidade e interdependência;
  23. Nos subterfúgios e amarras, sempre atentar-se ao que faz sentido e ao que deixou de ter sentido. Evitando as armadilhas inconscientes e conscientes que distorcem o próprio discernir dada as influencias nocivas que nos paralisam e nos deixam estagnados quando perduram por muito tempo, tais como: culpa, divida emocional, convenções sociais, expectativas alheias, inseguranças, vaidade, orgulho, egoísmo, posse e etc.;
  24. Mantermo-nos leal a nós mesmos e a vida, aos sentimentos e intuições mais genuínos ao nosso âmago, sabendo ser apegado desapegado;
  25. Zelar por uma postura de vida, que cuide de si e dos outros enquanto graça e dádiva da vida, não se deixando fazer ou ter por descartável, nem aos outros;
  26.  Considerar que os estados de humor nos afetam e afetam aos outros. Temos o direito de ser e estar bem humorado ou mal humorado, e os outros também;
  27. Cuidar de si, dos outros e da relação, é também não transferir aos outros o peso e responsabilidade pelo nosso estado interior;
  28. Reconhecer o estado interior do outro, sabendo identificar se esse está disponível ou indisponível emocionalmente para estar próximo ou se necessita de tempo e espaço para se refazer;
  29. Agir com sinceridade, clareza e empatia sabendo comunicar ao outro nosso estado interior, e respeitar cada estado é ser integro e digno a si mesmo e aos outros. O que engloba saber receber e respeitar a comunicação interior e o estado de cada um, e do outro, o que alimenta a qualidade, harmonia e confiança no relacionamento;
  30. Cativar e deixar-se cativar por relacionamentos verdadeiros, ao dar de si com amor e amizade, o que exige interesse genuíno, comprometimento, disciplina, determinação, confiança, compreensão, respeito, consideração empática e paciência;
  31. Quanto mais integro somos conosco, mais somos com os outros e vice versa;
  32. Vivenciar a grandeza e transmutar as futilidades que limam a nós e aos outros por alimentar relações artificiais e repletas de pressupostos;
  33. Aprender a enxergar e saber interagir com o outro independe do sexo (feminino e masculino / mulher e homem). Algo que se eleva a esfera do reconhecer nas pessoas, antes de tudo um ser humano com toda a sua complexidade e simplicidade;
  34.  Reconhecer que homem e mulher, antes de tudo refletem uma pessoa em processo e desenvolvimento, liberta a si e ao outro das convenções, rótulos e enquadramentos psicossociais;
  35. Seja homem e ou mulher, dar espaço e ocupar o espaço de si, é também permitir-se e facilitar ao outro o respeito e consideração das sensações, emoções, do sentir, intuir, pensar e agir;
  36. Transmutar os paradigmas e convenções sociais, uma vez que independente do sexo, pessoa: chora, teme, receia, satura, sente, intui, sonha, pensa, age, fantasia, deseja, instiga, provoca, enraivece, sente a presença e ausência da libido, pode estar afim ou não, fica disponível e indisponível, decepciona e decepciona-se, ama, apaixona-se, emudece, e etc. E isso não se limita ao ser homem ou mulher, ao contrário harmoniza o reconhecer, considerar e respeitar a dignidade humana;
  37. É prudente não limitar uma pessoa ao seu sexo (mulher ou homem). O fato de ser mulher ou homem, não limita nem é limite para o nosso jeito de ser, viver e existir, no campo dos sentimentos. Desse modo transmute as limitações, liberte-se e liberte os outros dessas armadilhas;
  38. Conscientizar-se que no campo do sentir, pensar, agir, intuir, e degustar sensações e emoções nem todos se encaixam no “perfeito” enquadramento “com mulher é assim, com homem é assado”. Pode ser diferente... Pode acontecer diferente... Pode ser?
  39. Dosar a paciência para com o seu próprio processo de autoconhecimento, regando-o com compaixão, discernimento, coragem, serenidade e perseverança, mais do que um ato de humildade e sabedoria revela a sincronicidade do tempo ao seu tempo;
  40. Aprender que entre se descobrir, reconhecer e constatar aspectos da personalidade e intimidade a serem transmutados e reinventados, situações a serem revistas e cativadas por novas escolhas, há um tempo de maturação cujo tempo do sentir até o agir, pode se dar no mesmo tempo que se levou para chegar ao ponto da necessária mutação. Nossa natureza e a natureza das coisas e situações, feito árvore possui raízes e sementes no semear e fortalecer, até a chegada das estações do brotar, multiplicar, florir e frutificar.

O contemplar a natureza, seus mistérios, sua simplicidade, a complexidade de espécies, a sabedoria das estações e ciclos naturais, e reconhecer-se no contexto ao revelar-se e descobrir-se nos ajuda a impulsionar a sabedoria da consideração existencial em nós e nos outros, no mover-se a aceitação do que realmente se é.
  1. De qual estação somos?
  2. Em qual estação estamos?
  3. Em qual ciclo nos identificamos?
  4. Qual fenômeno natural reflete mais de nós mesmos?
  5. Para além do ser humano, qual espécie da natureza te faz reluzir e perceber-se?
E finalmente não mais e ou menos importante para o livrar-nos dos artifícios, subterfúgios, artimanhas, amarras e armadilhas para além do reconhecer que não há receita de bolo desconsidere tudo o que até aqui partilhamos e se sentir vontade faça um mergulho interior na seguinte proposta reflexiva:
Se estivesse em suas mãos o poder de mudar o ser humano, toda a sociedade e as convenções sociais. E para o processo de mudança e criação, uma única regra: Priorizar 06 (seis) premissas e 12 (doze) valores enquanto postura de vida do ser humano e da sociedade. E um roteiro a ser desenvolvido, já contendo os seguintes “rabiscos”:
  1. O que mudar?
  2. O que manter?
  3. O que continua tendo sentido e o que deixa de ter sentido pra você?
  4. Há regras e premissas? Quais?
  5. Há valores e princípios naturais na regência do ser humano e da sociedade? Quais?
  6. Algum norte e ou limites, tais como: O que é de livre escolha e o que é balizado por regras de convivência?
  7. Há interação e relacionamento entre pessoas? Para quê?
  8. Na diversidade dos relacionamentos como o ser humano se relacionaria afetivamente, sexualmente, amorosamente e espiritualmente consigo, com o outro e com a natureza?
  9. Há preservação e conservação da espécie e da sociedade? Como e para quê?

Tais respostas que não são nem precisam ser fixas, imediatas e ou explosivas, apenas seu diário de bordo, enquanto bussola interior que de algum modo vão ao encontro das suas próprias possibilidades no atuar de modo atento a si e aos outros, no sentido de conexões e percepções; ao invés de cobranças, chantagens e imposições.
Cada clarão funciona como a riscada de um fósforo num quarto escuro. Se mover-te ao encontro do candeeiro e direcionar a riscada do fósforo a esse, poderá melhor clarear o que faz sentido e tem sentido pra você. Ao encontrar o que há de mais sublime e puro na essência do teu ser, poderás ultrapassar as esferas das vontades, e cativar as oportunidades para fazer perdurar no encontro dos sentidos, comportamentos e atitudes de dentro pra fora e de fora pra dentro de modo cíclico o poder da mudança.
Acreditamos que não haverá melhor diário de bordo para você, do que o seu próprio diário para revelar-te qual é e como se dá o seu sopro de vida.
Sentimos que quando o que nos move se respalda na nossa bússola interior, ao reconhecermos no farol da interação, as mágicas e os seres em sincronia conosco, se dá a amplitude do banquete na festa do celebrar e viver a vida. Os sentimentos e sensações no intuir e decodificar a própria existência se torna ainda mais ágeis e imensuráveis.
Então boa degustação e desenvolvimento. E desejando mágicas somas a ti!

Abraço com ternura,
Por Elaine Souza – SP. 02/12 - 16/12/2011 – 18h37min

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