quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

RECONHECER E INTERAGIR – INTERFERÊNCIAS E INFLUÊNCIAS NA ARTE DO CONVIVER

Reconhecer as interferências e influências externas no nosso jeito de ser e viver, enquanto processo de aprendizagem, sabendo do aprendizado apreender o que emerge no fenômeno transcendente a: comportamentos e atitudes; valores e conceitos; anseios e desejos; intencionalidade e ação; fatores explícitos e implícitos; densos e sutis; dentro e fora de nós.
Perceber nas faces da vida, a revelação da fase de deixar ir, partir, mudar, impulsiona-nos a leveza do prazer vital. Inicialmente podemos até sentir certa melancolia, ora, contudo, possibilita-nos maior abertura, espaço e receptividade genuína a tudo que agrega de fora pra dentro e de dentro pra fora com maior reciprocidade.  
Em suma saber apegar-se de forma desapegada, reconhecendo o devido momento do desprender-se daquilo que aprisiona, camufla e ou sufoca nossa essência. Abrindo-se a lucidez, para melhor discernir o que influencia e interfere na harmonia interior, aprendendo a ser apegado desapegado de tudo e todos.
Assumir o nosso papel nas diferentes interações e relações, exercitando  com responsabilidade nossas próprias escolhas; atentando para com o que são sonhos individuais, mútuos e coletivos, são premissas básicas a saúde emocional dos relacionamentos.
No ciclo familiar, de amigos e de pessoas do convívio, é importante considerar a possibilidade e existência de interferências, intervenções e influências, na medida em que encontrarmos de tudo e nesse tudo muito de nós. O que inclui saber: o que vem de nós e o que em dos outros; o que está em nós e o que se faz presente nos outros; e no que há mutualidade.
Considerando a mutação do ser humano, das relações, da vida e com isso dos sonhos, anseios, desejos, sentimentos, valores e sentidos; atentar-nos para além do movimento de escolher, o aprender a fazer novas escolhas, rever escolhas, manter ou desfazer escolhas, seguir em frente e ou voltar atrás, faz diferença.
Ao nos atentarmos ao próprio significado das palavras: interferência, intervenção e influência; poderemos encontrar também a combinação de dois movimentos vibratórios e a ação conciliadora de terceiros.  Daí o desafio de gradualmente mais do que aprender a identificar a existência de sintonia ou dessintonia; apreender de modo assertivo o desafio de enxergar, reconhecer, aceitar e discernir suas tênues diferenças quando essas não se revelam de modo escancarado, para com sabedoria efetivar nossas escolhas.
Quanto maior a sintonia com o âmago e com a realidade externa, mais se dá o respeito genuíno a si, ao outro e a vida. O que implica também no assumir a responsabilidade e compromisso do preço a ser pago por nossas escolhas.
Quando procuramos nos aprofundar, e nos oportunizamos a estar imersos em nós mesmos, conseguindo sincronizar “de dentro pra fora - de fora pra dentro”, havendo interesse, integridade e dignidade, amplificamos o processo reflexivo, abrindo-nos as responsabilidades, co-responsabilidades, e autonomia existencial.
A mágica da emersão, daquilo que até então estava mais submerso no âmago, por vezes negado e por outras até renegado, possibilita o movimento ao encontro de potencialidades e capacidades do ser, estar e existir.
Ao nos aproximar do cerne dos fatos e dos outros, potencializamos o poder e a riqueza do descobrir e desvelar a nós mesmos, aos outros e aos fatos, sem pressupostos ou condicionamentos. Aprendendo a apreciar verdades no discernir da realidade.

Com ternura,
Por Elaine Souza – SP. 02/12 - 14/12/2011 – 16h35min

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