terça-feira, 6 de dezembro de 2011

DO PODER ÀS ILUSÕES DE PODER – As Interferências e Influências no Jeito de Ser e Viver

O poder pode ser visto enquanto mito, paradigma, ilusão, prazer, necessidade, dor, fato, fatalidade,  vaidade, orgulho, banalidade e tantas outras formas e adjetivos. Por ora refiro-me ao poder das relações e o poder existente na interação entre pessoas e suas possíveis ilusões.
A ilusão ótica e o poder, quando arraigados nos esconderijos do âmago, alimentam a dissonância e o distanciamento do que se é e do que se representa ou pensa ser, gerando curto-circuito, apagão e emperramento no ciclo natural da própria vida e de outras vidas
As oportunidades concedidas nessa interação conosco, com a vida, e com outras pessoas, nos possibilita constatar, que para além do preço de cada coisa, escolha e situação, não nos cabe julgar ou meramente limitar as escolhas alheias.
Na esfera do não julgamento ou condenação, salta-nos aos olhos num estado de “inquietação produtiva”, que não nos deixa esconder, negar e ou renegar o fato de que há quem prefira delegar ou “de largar” as rédeas da própria vida a outrem; e quem goste de assumir as rédeas do outro, ou no mínimo se confunda com o que é de si e o que é do outro.
De algum modo, sem generalizar, referindo-nos aos estados e estágios de vida em que o gozo da interdependência já se faz fecundo e apto a fluir e interagir ponderamos que aprisionar-se é emperrar o ciclo natural.
Acabamos por intuir que no movimento do fazer imergir o que já havia emergido, mais do que uma questão de aprisionamento e irresponsabilidade de si e ou de outrem, esconde-se para consigo os interesses e efeitos do poder e do poder ilusório.
Ao observar que enquanto se alimenta e retroalimenta relacionamentos dependentes e co-dependentes, a conta emocional e de vida, acaba por ser rachada conscientemente ou inconscientemente com equidade entre os envolvidos, por comum acordo nas zonas de “conforto”. É possível averiguar outros aspectos, tornando-nos lúcido constatar que a coisa é e não é tão assim “preto no branco”.
Atua por entre o viver e existir contempla o arraigado poder do sentimento de culpa e divida emocional, que é instaurado em nós gradualmente e continuamente de maneira invisível e ou visível desde as nossas primeiras experiências nas relações e interação humana com pessoas e com o mundo.
Afinal é possível considerar o que alguns classificam enquanto "a vida é um jogo", refletindo por esse prisma, há como delimitar as premissas que nos ajude discernir o poder do poder ilusório? Existe isso?
Talvez indagar-se sobre o que nos move nas relações humanas, na interação com pessoas e o que nos congela, e no emergir do poder e ou poder ilusório, indagar-se:
Qual o status?
Qual o grau de importância?
Qual o grau de segurança?
Qual o grau de auto-realização?
Qual o grau de socialização?
Qual o grau de conservação?
Qual o grau de autonomia?
De quais necessidades, vontades, e satisfações estamos falando?
Há equilíbrio entre a dor e o prazer, nesse contexto? Até onde e quando?
Se de um lado há quem adote o isentar-se da liberdade, uma vez que liberdade traz intrinsecamente no núcleo responsabilidade, do outro lado há quem se satisfaça com isso, por mais que venha reclamar.
É possível ponderar que isso acontece quando de algum modo é cômodo, e alimenta algo em ambos os lados. Se há concessão, há algum tipo ou grau de interesse mútuo. Porém não sabemos o quanto é possível colocar tudo num mesmo pacote e definir "é isso" "é assim e ponto final".


Com amor,
Por Elaine Souza – SP. 02/12 - 06/12/2011 – 12h11min

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