Era noite quando você chegou
Por um desamor inconsolável, suplicando-me abrigo
Sem saber o que fazer e dizer
Olhei-te no instante infinito
E tão forte, a nostalgia que me chamava
No fundo tudo tão raso
No raso tudo tão profundo
O que dizer
O que fazer
Quanto mais se aproximava, menos suportava
Quando lastimavas aquela volta que descia
Sua vida se passava e não querias mais
Voltas, e sentirás algo que não sei
A força da sua vida, encontra-se com força da vida
Não sei o que te guardas
Não sei o que te aguarda
Não posso dizer não se rendas
Não posso dizer fujas
Só você, só você pode sentir o que sentes
E na sua vida, só posso dizer que sussurro
Quanta vida, quanta beleza, contida a conter-se
Já é dia, e agora o que faço?
O que farás?
É contigo, e continuo aqui...
Um pouco mais de abrigo?
Renovas a energia, acalmas a energia?
Vitalidade morfológica
Nada direi, e tudo direi nesse silêncio fecundo
Meu colo, ninho ao teu pranto
Meu toque, lenço suave as feridas da tua alma
Vibrante, vibrando o emanar do amor
Rebelas, acalmas, gritas, sussurras
Digas tudo e nada digas
Estou contigo, mesmo não sabendo o que esperas e como me portar nesse instante tão intenso
Não pergunto como estas, pois estou vendo
Estou enxergando dói a alma
Dói na alma
O que faço, além de sentir e calar-me contigo ao sentir teu pranto
Um abraço fecundo
Um abraço fecundo
Com amor
Por sentir – Elaine Souza – SP. 23/11/2011 – 12h07min
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