quarta-feira, 2 de novembro de 2011

É DIA DE FINADOS NESSA QUARTA-FEIRA

A morte é o fim de um ciclo e inicio de outro?
A morte é uma sombra e a vida uma luz?
A vida é uma sombra da morte?
A morte é uma luz da vida?
A morte é apenas um estágio, uma fase do estado que chamamos e conhecemos por vida?
Poderíamos dizer que a natureza nasce e morre, morre e renasce quatro vezes ao ano?
Seus códigos de acesso e seus mistérios algo nos revelam...
Nos dias de outono que mais se parecem dias de verão
Nos dias de primavera que mais parecem dias de inverno
Nos dias de inverno que mais parecem com dias de primavera
Nos dias de verão que mais parecem dias de outono
Nos dias em que todas as estações se apresentam num mesmo dia e contraria o que determina o calendário humano enquanto natural aquela estação
Poderíamos intuir, sentir e considerar que...  
Em algumas ocasiões ela nasce, vive, morre e renasce numa mesma estação?
Seria a mudança de estação, de ciclo, de estágio, de experiência evolutiva?
Seria simplesmente o fim?
Doenças, flagelos, curas, vícios, dependências tão independentes de co-dependentes
Tatos, retratos, tratos
Desapega e apega-se
Apegado desapegado
Prisão que liberta
Liberdade que aprisiona
É interessante sentir, pensar, observar e refletir sobre os rituais e os dias que marcamos para marcas de celebração
O dia de finados pode nos remeter aos que já partiram?
O dia de finados pode nos remeter aos que estão por partir?
O dia de finados pode nos relembrar que também teremos a nossa vez de partir?
O dia de finados pode nos relembrar dos ritos e passagens?
O dia de finados pode nos conectar com os que do visível na terra pra nós já partiram?
O dia de finados pode nos re-conectar com o que nos conecta?    
Porque ter socialmente tradicionalmente um dia para parar na parada que nos paralisa e impulsiona?
Porque ter no calendário uma data para transformar em ritual o nos lembrar do que no cotidiano da massa tentamos a todo custo evitar pensar ou encontrar meios de esquecer?
Pode parecer incongruente, porém ao mesmo tempo sinto congruência nesse movimento orgânico que nos faz criar datas, rituais e marcos...
Pausas de continuidade, como num movimento cíclico que nos afasta e nos aproxima o tempo todo da sinergia entre a experiência espiritual e material, a conexão entre a energia e a matéria...
Perdemos e ganhamos o tempo todo...
Será que de fato perdemos?
Será que de fato ganhamos?
Qual o conforto desse desconforto?
Aos que morreram ou partiram, e tendo passado por minha vida e existência influenciou e foi influenciado, meu desejo de luz no emanar do amor...
Estrelas guias, mágicos e belos seres, inesquecíveis e tocantes seres, com amor agradeço a conexão e soma que em vida podes partilhar conosco...
Seres que passaram e a minha vida não tocaram ou influenciaram, porém sei que de algum modo o fizeram a outros, também emano boas vibrações...
Não tenho respostas, nada sei do que tudo sei...
Apenas sinto que a natureza demonstra e revela a nós o tempo todo a beleza, o mistério, a energia, a renovação cíclica, a repetição mutante das estações, as novas espécies, os nutrientes, cores e sabores, aromas e segredos, e assim sua continuidade transformadora...
Agente vê, sente, e vive o que é ou o que quer?
Agente vê, sente e vive o que quer e o que é?
Vida e luz...
E enquanto houver pulso...
Enquanto houver vida, no estágio que conhecemos enquanto vida, que possamos viver e valorizar esse ciclo e rica oportunidade existencial, experiencial e mutante...
Com ternura,
Elaine Souza

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