Seu ponto na dor aclama
Reencontras-te amor
Gente pela vida vivida
Gente pela vida esquecida
Marcas de fotografia
Máscaras do cenário
Máscaras no espetáculo
A vida tem dessas
Num instante de sonhos uma história com cartas marcadas
As cartas te surpreenderão, sempre que te surpreendes
As cartas desmarcadas são cartas em que te revelas
As cartas sem marcas são as cartas em que te esqueces
Seu sofrimento, sua dor, tomados pelo incerto
Tão certo
Tão gritante
Ao incerto que dirás
Revelas quem é esse Ser
Avante ao futuro perdes o presente
Instantes de graça nesse imenso mundo
Tudo toca profundo nesse universo teu
Como numa intimidade mágica o gozo de ser você
A vida tem dessas
Gente da vida, vivida e esquecida
Gente na vida, estacionada
Gente na vida, lembrada quando esquecida
Gente na vida, que se vai e relembras
Na estrada, um instante tão estranho
Sonhos de contos, o que contas?
Bastar-te-á uma jóia, ou desejas a jóia rara?
Seu fôlego, sua coragem, imersos no seu âmago
Caminhando pela estrada
Uma estrada tão comum e tão diferente
Um tempo que pausa, enquanto o tempo se esvai
Cessas o acorde da dor
Rememoras depois o que se foi, do que não foi
Perdido, encontrarás você numa revelação incomum
Fantasmas de amor
Amor não tem fantasmas
Fantasias contêm fantasmas contidos na melodia
Melodias em harmonia
Melodias em desarmonia
E dando voltas é que pensas no teu sorriso largo tão distante do hoje
Num instante fantástico do amor
De amor se lembras que por amor habitas em teu ombro
O que é? O que foi?
E depois te abandonas de novo
Numa pessoa fantástica de amor
Seu fantasma segues na estrada comum
Capinar a margem, recapear a estrada
O sorriso largo reencontra nas memórias que te fazem fluir
Lembrava da eternidade na hombridade em que te guardavas
Elevarás para outro instante a primavera da sua estação
Que horas é? Que horas tem, pessoa?
O fantasma se esvai
O amor assume
O espetáculo se realiza
Com amor
Por sentir – Elaine Souza – SP. 23/11/2011 – 11h42min
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