segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Saber Olhar o Outro - Saber se Olhar - Isso existe?

Muito já se escreveu, estudou, pesquisou e definiu sobre nossa vocação para olhar, definir e enxergar os outros partindo dos nossos próprios valores e pressupostos, numa presente e tão comum, ausência de empatia.

Será que conseguimos sentir a dimensão do afastamento da verdade e realidade do outro e de nós mesmos, quando transformamos limites em limitações buscando encaixar e enquadrar as coisas e pessoas nos edifícios conceituais de padrões, valores e morais pré-concebidos?

Verdade e realidade possuem aspectos distintos e por vezes direcionamentos antagônicos?

É possível constatar a nossa debilidade de olhar a nós mesmos no processo de autoconhecimento, no ser que somos ou estamos sendo?

Que cada um tem um jeito de ser e atuar no mundo, interagir com as pessoas e consigo mesmo, e que nem sempre nos damos conta disso, seria um fato notório?
Aqui nos referimos ao nosso jeito de olhar pra nós e de olhar para o outro, nem sempre nos dando conta de quê: Do mesmo modo que olhamos, somos olhados. Do mesmo modo que interpretamos somos interpretados.
O quanto conseguimos olhar e compreender o outro, do mesmo modo que gostaríamos que o outro fizesse conosco? Será que no cotidiano nos damos conta de que o processo é cíclico?

Sinto que há reciprocidade no ato de olhar, o que necessariamente não quer significar reciprocidade no jeito, encontro e desencontro desse olhar.

Encontros e desencontros: no olhar do outro, no meu olhar, no seu olhar, no nosso olhar. Haveria o olhar certo, o olhar errado, o olhar equivocado e o misto de olhares?

Aqui não queremos dizer, ditar, definir ou delimitar o certo e o errado; e o que dirá ensinar uma “receita de bolo”. A nós soa e significa ser pretensioso e vaidoso para além da cota diária de sal, o querer definir o jeito certo de olhar e sentir “quem está certo” e “quem está errado”.
Queremos sim, contigo compartilhar um pouco dos anseios que freqüentemente e comumente habitam esse ser em mutante evolução, desaguando no mais profundo âmago certa inquietude propulsora de revelação, crescimento e desenvolvimento interior e atitudinal.
E em você como isso se dá? Você já se observou e observou esse processo? Você consegue observar a diferença entre julgamento, pré-julgamento e sentença?

Em reflexão, com afeto,
Elaine Souza – SP. 21/11/2011 – 00h33min

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