quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alguns Sinais e Efeitos da Pedofilia 3/3

RECORDAÇÕES DAS RESPOSTAS NO MEU MOSAICO:

A - Eu conversava com os meus amiguinhos e amigos. E me lembro que em geral havia razões que na época eu não sabia o significado em palavras, mas sentia no coração que não era certo, e isso partia tanto de crianças maiores (mais velhas), mas principalmente de adulto, homens e mulheres, mas em geral mais homens casados ou o chamado solteirão.
B - Em geral a reprodução era do que se via e aprendia em algum lugar, inicialmente agente aprende por imitação, experimentação, tentativa e erro.
C - Sim, tinham crianças que já eram “más” sei lá se posso dizer por natureza. De algum modo elas já eram diferentes mesmo. Tinham propostas, convites, e ações estranhas, mas agressivas e intensas, e uma impressionante habilidade de inibir, coagir, e enfraquecer outras crianças. E em geral, mexiam e provocavam as crianças mais "frágeis". Eram crianças que batiam por bater, que agrediam por agredir, que coagia as crianças para fazer coisas que não queriam, que matava animais e bichinhos, mas essas eram raras, uma ou duas no máximo na sala. E que conseguiam vez ou outra atrair para a sua turma, outras crianças por embalo ou medo, e não por serem iguais, era mais auto-afirmação, logo as que eram seguidoras por medo ou puro embalo, voltavam a ser “boas”.
D - E recordo-me perfeitamente que haviam alguns adultos, algumas crianças mais velhas, algumas pessoas, por toda parte, familia, escola, igreja, rua que agente não gostava, tinha medo ou achava esquisito, e conversavámos sobre isso, entre nós, por vezes rindo de nervoso ou medo, por vezes com raiva e ameaça, se organizando em turma pra se proteger.
E - Existiam crianças mais agressivas ou mais retraídas porque eram agredidas nas suas casas, era uma atitude reativa. Existiam crianças com comportamentos voltados para o sexo mais aflorado ou a descoberta da sexualidade mais retraida, porque também estavam aprendendo com adultos. E sei que infelizmente isso continua acontecendo embora sejam novas gerações. E até quando?
F - Essas peças do Mosaico, não se pautam em livros, pesquisas, especialistas ou qualquer coisa do gênero, sem desmerecer e sim dar o devido crédito a sua importância e contribuição ao desenvolvimento social e humano. Aqui apenas ressaltamos que estamos nos pautando na nossa própria vivência e experiência. Sim, diários, memórias, e no convívio com os "coleguinhas, amiguinhos, colegas, amigos, com a turma". Agente conversa sobre essas coisas com a turma, ou alguém da turma.G - E o mais esquisito e doloroso, lá estava o que chamávamos entre nós meninas e meninos, a ter que enfrentar ou lidar com o "Velho Babão", o ‘‘Tio Sukita”, o "Valentão", o "Tio Esquesito", o "Garoto Estranho", a "Professora Esquisita", querendo nos invadir, e por vezes os adultos, esposas, mulheres achando que eramos nós as crianças, adolescentes e as mocinhas que eramos oferecidos, maliciosos, metidos a gostosos ou fantasiosos?
H - Sim existiam as meninas, e os meninos, as mocinhas e os mocinhos mais “afoitos”, que confundem por vezes prepotência e suposta auto-suficiencia natural da imaturidade com maturidade e experiência de vida. E é então que se melam todos e se machucam, porque cheios de si, achavam se seguros, grandes, experientes e adultos, que aguentam o tranco, e por vezes se arriscavam a brincar com fogo, achavam que tem o controle da situação, o poder. Tolamente achando que são "o dono da bola” e que é só dizer não quero mais brincar, se "perdem", se "machucam", se "confundem".
I - Por um curto período senti raiva dos adultos, da escola e da igreja, nesse quesito, ao ver alguns amigos e amigas se enveredarem para as drogas, para a prostituição, para as doenças, para a promiscuidade, para casamentos precoces e sem amor, para gravidez indesejada. Tudo tão ali na cara de todo mundo, e ao invés de apoio, eram condenados? Eu não entendia e me sentia triste e indignada. Cansei de escutar na infância, adolescência e juventude que eu era velha de mais, amadurecida de mais para a minha idade, enquanto tudo o que eu queria e estava a dizer era: "CARAS VAMOS PARAR COM ESSA BAGUNÇA ESTÃO NOS ROUBANDO NOSSAS FASES, NOSSAS IDADES, PRA ONDE VAMOS COM ISSO?".
J - Quantos em meus braços a chorar, a sofrer, a clamar, quanto sentimento de culpa, desamor e desespero, seres inocentes que por vezes por pura prepotência e ingenuidade se achavam grandes e fortes, e logo destroçados ficavam, não eram “os donos da bola”, o fogo não era deles, e foram brincar com o fogo alheio, sem dimensão da sua intensidade. O que fazer se não abraçar, acolher e por vezes me sentir morrendo um pouco por dentro ao ver alguns escorrendo entre os dedos, para um caminho "sem" volta? O que fazer além de torcer e vibrar para que se encontre a volta, se descubra outras portas?
K - Acredite as meninas são meninas, os meninos são meninos. Digo no sentido de idade e ingenuidade, pureza, e estar passando pela fase da descoberta da sexualidade, da auto-afirmação, do sentir-se belo, atraente, importante, é bem diferente de estar disponível para o sexo, e o que dirá para saciar a fome, a sede ou a loucura e desequilíbrio de um Tio ou Adulto “Sukita”, o Velho “Babão” ou a "Criança Mais Velha".
L - E não quero aqui me referir ao Tio ou Adulto “Sukita” ou ao Velho “Babão”, de modo pejorativo, e sim pontuar que essa sensação, esse sentimento se dá dentro do coração de muitas crianças e adolescentes, meninos e meninas, enquanto o adulto, acha que está arrasando, na verdade a "criança, mocinhos e mocinhas" só estão tirando uma onda, e não se dão conta que trata-se de uma relação de poder desleal.
M - O curto circuito acontece quando alguns “meninos e meninas” acham que tem o controle da situação, quando na verdade até que se chegue a “maturidade” do “corpo e da mente”, quem tem o controle é o adulto é o mais velho, é ele o mais experiente, hábil e competente nessa área.
N - Até que se aprenda verdadeiramente se defender, reconhecer seu espaço e seus limites, a armadilha esta ali. No caso dos que já estão um pouco maiores, em alguns casos pega-se pela vaidade, pela prepotência (no sentido de auto-suficiencia), pelo desafio, a sedução, retratos por vezes da imaturidade em si; e nos menores em geral, pela pureza, inocência, medo, retrados da necessidade de aceitação, ingenuidade, amor, e o medo de deixar de ser amado.

Considerações gerais: Por diversas vezes já me flagrei pensando e respeitando o questionar, do que é normal?
• Agora sinceramente de corpo e alma, digo sem dogmas, moralismos ou partidarismo, e sim pelo que intuo, sinto e emana enquanto sensação, também: não considero normal na mente sadia, no espírito de amor, qualquer desrespeito a dignidade humana, o que dirá dos mais “indefesos”, “ingênuos” ou “imaturos”.
• Não sou da linha da pena de morte, não sou da linha de matar e resolver com violência a violência. Prefiro a prevenção e a transmutação, e quando já explodiu, o tratamento e por vezes nos tardamos tanto em enxergar que a situação / pessoa já passou da UTI.
• E também não sou da linha de negar que a violência existe e que é preciso trabalhar nas suas causas e nos seus efeitos. De ambos os lados. Acredito na mediação e conciliação, e que em alguns casos essa não se efetiva. Assim faço votos ao dialogo e a prevenção, o cuidado e o amor, antes. E se não houve antes, que se aprenda ao menos no depois.

Dialogar, esclarecer, empatizar, escutar, e efetivar ações preventivas.
Acolher com doçura e amor.
Perdoar e se libertar, voar e ser livre.
Com ternura,
Elaine

Por fim, uma inspiração, digo (...) 
Pela composição e as imagens um convite a reflexões, o que isso quer significar ao seu próprio âmago (...) 
pitty-memórias
http://www.youtube.com/watch?v=lqXgcXeAJ8M&feature=related
Pitty – Equalize
http://www.youtube.com/watch?v=x7WHL-o5tMo&ob=av3e

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