domingo, 21 de agosto de 2011

O MOSAICO JULHO 2011 - 4/7

REVENDO OS TECIDOS PARA A COLCHA DE RETALHOS

OK, Então vamos lá: Racionalmente, saindo do quadro e observando o Mosaico o que você enxerga?
Enxergo uma energia estranha atuando na situação, nas situações e nas pessoas, e em mim. Visualizo nitidamente a entropia e a sintropia atuando lado a lado. Há pessoas famintas, buscando auto-afirmação, e por não saberem ou se esquecerem que isso se dá de dentro pra fora, roubam a energia, o tempo e a vida de outros e assim permanecem com fome. Enxergo manipulação e brigas de egos e vaidades. Enxergo uma latente e premente necessidade de auto-afirmação atuando de forma predadora, como se por não estarem bem ou de bem consigo mesmo precisam pisar no outro, nos outros e nas situações, para se sentir melhor, uma deturpação de valores. A Mosca Verde, botando ovos e fazendo ninhada. Um conflito em que todos os lados já estão confusos, e não sabem porque estão confusos ou em conflito.
Interessante, e o que você tem haver com isso? Porque se abate?
Sinto que falhei e deixei passar do ponto. E por isso estou me debatendo.
Como assim?
Eu permiti que ultrapassassem meus limites. Confundi clima permissivo com permissividade. Misturei vaidade “imagem – o que vão pensar de mim, se eu reagir e dar um basta”, com instinto de preservação “dane-se o que vão pensar, o que não posso é deixar que avancem os limites, pois isso detonará comigo”. E sinto que há nisso um misto de auto-aceitação, com aceitação, auto-aprovação ou necessidade de aprovação, auto-estima com necessidade de estima. Loucura total, o descobrir e sacar o que vem de mim e o que vem do outro, o alimento que é meu, e o alimento que é do outro, e o alimento que é nosso.
Profundamente interessante (...). E, o que isso diz pra você?
Inicialmente ao trazer para o nível do consciente, o incomodo, percebi que senti raiva da situação e das pessoas. Que o quadro já havia ultrapassado e desrespeitado meus limites internos. E fiquei magoada comigo mesma por ter permitido que a coisa se avolumasse dentro de mim. Não sinto culpa, mas sinto medo, pavor ao me dar conta de que de algum modo venho permitindo reincidências e repetições como essas, e quando penso que não (...), logo lá estou eu me flagrando na confusão de limites e limitações, e racionalmente enxergo isso enquanto vaidade e orgulho.

Você disse inicialmente, por que? Tem mais peças encontradas para o Mosaico?
(lagrimas) Sim, saquei que ao sentir e pensar: - Que “saco”: rótulos, piadas, sarcasmo, ironias, desonestidades, relação sem clareza, incoerências, deslealdade. Isso não esta descendo, não esta passando, se querem detonar alguém, que detonem a si mesmo, ao invés de ficar por ai detonando com os outros, e invadindo meu território, atacando e machucando pessoas. LOGO PERCEBI: raiva, mágoa, indignação e dificuldade de aceitação.
Mergulhei mais um pouco, e indaguei a mim mesma:
- OK, se já percebi isso, porque continuo, me debatendo, porque continuo sofrendo se sei que não tenho controle sobre o outro, ou sobre o que o outro faz, se sei que o único controle que tenho é sobre o fato de poder escolher como reagir, ao invés de ser meramente reativa? Isso é vaidade ou orgulho ferido? Isso é raiva e mágoa?
(lagrimas) Não, é medo e luta interior entre a inteligência instintiva e a inteligência instintiva emocional superior. Como fera ferida, que quer atacar, que quer defender seu território, e se vê tão acuada, que esta prestes a ir com todas as garras pra cima do outro. E ao mesmo tempo ela não quer, porque sabe que ferir, significará ferir a si mesma também. Então ela reluta para reencontrar o emergir da águia, que pode estar com as asas cansadas, o bico entortando e as unhas enfraquecidas, e sabe que precisa voar e ir para o cume das montanhas, refletir, hibernar e trocar com e por amor, no seu mais profundo e sublime instinto de vida superior a renovação das suas ferramentas, para continuar existindo, e não meramente sobrevivendo.
Não compreendo (...) Que mal há em ir pra cima e se defender, a vida não é a lei da selva e da sobrevivência? Existem momentos na vida em que é você ou eu? O outro ou você? Não é mesmo?
Respeito a sua percepção. E tenho outra percepção. Acredito que a vida é mágica e com o universo é abundante, e que por estarmos conectados, toda vez que ferimos alguém, também nos ferimos de algum modo, e que isso pode se dar diretamente ou indiretamente. Sinto que se não estiver muito atenta ao meu “orai e vigiai”, posso ser tão cruel, quanto quem esta me soando enquanto cruel, e isso é ainda mais cruel. Traduzindo, olhando para a natureza e a lei da selva, sinto que nós seres humanos também temos as influências e os instintos dos animais, porém é como se fossemos agraciados com diversos instintos e meios de funcionamentos das mais diferentes espécies animais. Há animais que só atacam quando ameaçados, e há animais que atacam e agem como predadores para se alimentar. Há animais que se alimentam de plantas e outras fontes, e há animais que se alimentam de outros animais. Para não confundir muito, e continuar nesse processo de reflexão interior, o insight, segue mais ou menos o seguinte caminho, sabe aquele ditado popular “cão que late não morde, e cachorro com dois donos morre de fome”?
Sei, já ouvi falar e as vezes eu uso (...)
Então, enquanto questão de fórum intimo eu sinto que não se deve levar nada ao pé da letra e que nem sempre agente consegue captar a essência do que se quer ou se quis significar com os ditados populares, os provérbios e as metáforas. O cachorro com dois donos, pode saber ser dócil e manipular, assim come duas vezes. E o cachorro que não late, pode guardar tanta raiva, que por ficar mudo e silenciar, pode do nada agir com ódio e arrancar a perna, o braço ou seja lá o que for, de quem quer seja que esteja ameaçando-o. Percebe?
Nossa intenso, não tinha olhado por esse lado. Faz sentido. (...)
É mesmo? Então, continuando: - vejo uma sincronia entre as metáforas e os provérbios como se fossem peças que só conseguem compor o Mosaico da Vida, quando sincronizadas e viradas ao avesso para decodificação não do significado e sim da essência. Por exemplo, se nós conciliarmos as metáforas: “LOBOS INTERNOS” + “A RAPOSA E AS UVAS” + “A CARROÇA” + “LENÇÓIS SUJOS” + “PREGOS” + “A RAPOSA E O LENHADOR” + “CONCERTANDO O MUNDO”, e elevar a potência do “AMARÁS A TEU PRÓXIMO COMO A SI MESMO, AMARÁS A TEU DEUS SOB TODAS AS COISAS, AMARÁS A TEU INIMIGO COMO A SI MESMO”, sem levar nada disso ao pé da letra. Na essência há algo que fala de Luz e Sombra dentro de nós mesmos o tempo todo? Se pegarmos tudo isso, e levarmos para a beleza da música (que na verdade esta contida na maior parte dos ensinamentos religiosos e livros sagrados / doutrinas) “Monte Castelo” – Legião Urbana. E pegarmos tudo isso e olharmos para a Noite e o Dia, a Luz e a Sombra, e ao mesmo tempo não levarmos ao pé da letra a palavra PROJEÇÃO, irmos um pouco mais fundo e conseguirmos discernir o que é de fato PROJEÇÃO do que não é PROJEÇÃO, e sim inteligência instintiva, sexual, emocional e espiritual atuando dentro e fora de nós. E depois pegarmos tudo isso e misturarmos com o texto “ESCOLHAS”, e desejosos de maior compreensão, refletirmos sobre os conceitos e as origens de “Simpatia e Antipatia” sacando que a Inteligência que as gera, é diferente da inteligência que gera a “Empatia”, ocorre o que sinto enquanto “emerge Lótus”. E é então que mergulhando mais profundamente, com sinceridade, genuíno interesse e abertura, encontra-se a pureza e a compaixão, e logo “FENIX”.

Insight e reflexões, que aprofundar? Então seguindo o Diário de Bordo (...)


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